sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Isto é Arte? (Resenha)


Uma coisa que realmente não existe é aquilo que chamamos de Arte. Existem somente artistas. A expressão obra de arte deveria ser usada quando nos referimos às obras-primas; a Arte, quase que sacralizada. A expressão objeto de arte, por sua vez, cabe para designar a arte de nosso tempo por estar presente no cotidiano das pessoas. Porém, para detectar esta diferença há necessidade de se ter certo conhecimento artístico e possuir uma bagagem teórica, fundamental para os auto-questionamentos: “isso é ou não é arte?”.

Do mesmo modo que o artista vive em um tempo/espaço, o fruidor/apreciador/leitor, por sua vez também é um sujeito histórico, social, político e cultural, já que o artista do nosso tempo põe em discussão a própria arte. Assim, há necessidade do apreciador possuir uma bagagem intelectual mínima, mecessária para julgar a possivel “Arte” que está apreciando. Contudo, o que mais dificulta esse julgamento é a variabilidade das formas de se expressar artísticamente, e mais difícil ainda, tomando agora como referência o ponto de vista do artista, propriamento dito, é enquandrar sua manifestação artística em um conceito pré formado. Assim, buscar variadas interpretações para a arte de nosso tempo e de outros tempos, é, pois, o desafio do arte/educador contemporâneo. Ele não pode mais ser, aquele que trata do espontâneo na mediação entre a arte e a educação das novas gerações.
             Contudo, há ainda quem defenda a estética formalista na arte/educação contemporânea, onde é a perfeição da forma que conta e não o conteúdo da obra; no entanto é necessário reconhecer as obras e os objetos de arte bem como o artista e o contexto onde a arte é elaborada e também lida e diante das obras e objetos de arte se questionar, problematizar na tentativa de recriá-las como constructo de sua própria cultura.

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